“Quem espera que a vida seja feita de ilusão, pode até ficar maluco ou morrer na solidão...”.
São com essas palavras, do famoso cantor e compositor Roberto Carlos, que iniciamos nosso artigo. Você deve estar se perguntando se a turma do Canal da Graça pirou, acertamos? Não piramos, mas temos que abordar esse assunto para esclarecermos certas dúvidas que podem pairar sobre algumas “mentes” que enxergam o “bicho ruim” em tudo. Usamos desta música como exemplo, pois é muito comum ouvir artistas católicos a executar em seus shows, e citamos, como exemplo, a cantora Celina Borges e o próprio Canal da Graça.
“Toda pedra do caminho você pode retirar, numa flor que tem espinhos você pode se arranhar. Se o bem e o mal existem, você pode escolher. É preciso saber viver...”.
Prezado músico Católico Apostólico Romano, Deus te dá total liberdade de escolher entre dois caminhos, o do bem e o do mal, assim como fala este trecho da música, e cabe a você escolher qual seguir, sabendo onde cada um deles levará. Uma determinada música (seja ela religiosa ou não), antes de ser colocada em um show cristão, deve seguir algumas regrinhas, sendo que, acima de tudo, tem que transmitir uma mensagem positiva, que leve a refletir e/ou que leve a um encontro pessoal com o Senhor. Já presenciamos muitas músicas que se dizem religiosas (e católicas – algumas até compostas por padres) e que nada de Jesus falam, nada de mensagens positivas levam, mas apenas têm ritmos interessantes para se dançar, fazer coreografias e gestos. Com certeza você mesmo conhece algumas... E de que adianta?
“É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver...”
Se algo me leva a refletir, eu posso afirmar que não serve? Estamos falando de reflexão e não de emoção, coisas completamente distintas e que podem confundir algumas “cabecinhas”. Mas você saberia dizer se uma pessoa está sendo tocada pela unção da música ou pela emoção que ela transmite? Não seria prepotência afirmar que estamos ungidos e nossa música tocou tal pessoa? Pode ter certeza que ninguém, em sã consciência, colocará uma música secular em um show, em missas ou em grupos de oração simplesmente por achar a melodia linda, por gostar do cantor ou para explorar a emoção da platéia, mas sim por enxergar que ela pode levar e acrescentar algo bom para quem as ouve.
Nosso amado amigo Padre Fábio de Melo, scj hoje muito conhecido pelo seu programa na TV Canção Nova, sempre utiliza a música “Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim” (conhecida em todo o Brasil pela voz da cantora Ivete Sangalo) em suas missas, em seus shows, em seu programa de TV e em seus retiros. E porque? Simplesmente pela mensagem linda que a música passa de um amor verdadeiro... Simplesmente porque através desta canção ele consegue partilhar muitos de seus ensinamentos e pensamentos (e olha que ele é teólogo, hein?), auxiliando na verdadeira evangelização...
Já tocamos e tocaremos quantas vezes forem necessárias algumas músicas “seculares”! Ou será que podemos dizer que Romaria, Pai, Jesus Cristo (sim, é secular) e Perhaps Love, como pequenos exemplos, não servem para se tocar na Igreja? Seria como se trancar em um mundinho exclusivo, impedindo que Deus aja de uma forma diferente...
Irmã(o) em Cristo, não deixe que algumas idéias de mentes fechadas invadam o teu coração. Quer provas concretas de quem se abriu, além do Padre Fábio de Melo, já citado acima? O extinto Rouge, grupo secular, formado pelo SBT, cantou uma de suas músicas falando de anjo, AO VIVO na TV Canção Nova, durante o Coração Solidário. Enxergas problemas nisso? Pode-se discutir a aceitação de pessoas ungidas como Pe. Jonas Abib, Luzia Santiago e outros nomes da Canção Nova? Pe. Antonio Maria, durante pregação na mesma TV Canção Nova, usa uma música do cantor Daniel (“um dia você vai procurar por mim...”), que foi executada por músicos da própria Canção Nova. Esses são apenas alguns poucos exemplos que damos para que não sejamos tão radicais ao ponto de acharmos que nada disso presta, que só podemos tocar músicas compostas por cantores católicos em nossos eventos. Enquanto alguns músicos seculares tentam passar coisas boas em suas músicas e até introduzem nossas músicas em seus repertórios, nós nos fechamos cada vez mais em nosso mundinho e impedimos que Deus aja em nossas canções.
Como exemplificou sabiamente o famoso Pe. Zezinho, scj em um de seus recentes artigos, “sou um dos autores religiosos que entram nas casas dos ateus e acho que alguns autores ateus têm direito de serem ouvidos. É questão de saber ouvir. Daí a dizer que nossa música é de Deus e a deles do Diabo? É sandice e maldade!”.
Cá entre nós... Com mais de 14 milhões de pessoas passando fome no nosso Brasil (de acordo com as pesquisas do IBGE), com uma política que só explora os cidadãos e com esta violência exagerada tomando conta do povo, a gente fica ainda se preocupando com estas coisas supérfluas (a começar por nós)?!?!
Realmente: É PRECISO SABER VIVER!!!