Existem canções que não dizem uma palavra se quer e no entanto falam coisas que nem um milhão de palavras conseguem dizer.
A canção, para ser bem feita, não precisa necessariamente das palavras. Eu digo que uma canção é bem feita quando alguém entende a sua linguagem sem nunca ter conversado com o autor. São sempre assim as coisas do coração. Ele fala, a gente entende e nem se quer a gente sabe o seu nome.
Muitas canções não têm títulos divulgados, mas os seus acordes e as suas notas são extremamente conhecidos.
A canção é como o homem que semeia a palavra de Deus: tem o seu rosto, seu jeito de vestir, de comer, de se expressar, mas ele convence muito mais quando fala do que o coração está cheio.
Quanto bem a canção religiosa está fazendo no atual momento no Brasil. Havia um tempo em que nem podíamos entrar nas rádios para dar entrevistas. Era perigoso. Perdia-se audiência?
Aos poucos foram surgindo novos autores, novos intérpretes, a igreja foi acordando, foi adquirindo emissoras de rádios, TV, etc. Hoje estamos diante de um grande desafio: NÃO PERDER DE VISTA A IDÉIA DE QUE UMA CANÇÃO NÃO É COMO SABONETE, QUE SE CONSOME NO CORPO. É EXATAMENTE AO CONTRÁRIO: A CANÇÃO RELIGIOSA É TUDO AQUILO QUE O NOSSO CORPO PRECISA OUVIR, E MAIS DO QUE ISSO, SABOREÁ-LA COMO UM BÁLSAMO QUE RENOVA NOSSAS VIDAS.
Deixemos a canção falar, mas cuidemos também para não vulgarizá-la com palavras que destoam de sua INSPIRAÇÃO.
A palavra e a canção nunca estiveram proibidas de andarem juntas. Por outro lado, nos dias de hoje, A CANÇÃO É A CATEQUESE QUE ESTEVE PERDIDA E TENTA SE ENCONTRAR.
Antonio Cardoso
cardososhow@linsnet.br