A gravação de um CD é um momento muito importante para qualquer artista, inclusive o artista católico. São muitas opções e decisões para serem tomadas, desde a escolha de repertório, estúdio, tipos de gravação (analógica ou digital), até a parte gráfica (escolha de fotos, orçamento de fotolitos); enfim, um trabalho bastante variado e complexo.
Atualmente, com certa facilidade encontramos em grandes centros urbanos, estúdios e profissionais competentes para realizar uma gravação. Existem muitos profissionais liberais, programadores visuais e designers, acostumados com a criação do material gráfico necessário para um CD. Mas por onde começarmos?
"Do começo", eu diria, meu bem humorado leitor "on line". O início de tudo é a pré-produção. É neste momento em que, movidos pela inspiração do Espírito Santo, somos chamados a ordenar tudo, utilizando nossa razão, bom senso e inteligência para uma evangelização mais eficaz.
Primeiro, ter muito claro o "conceito" do CD. Neste caso, a participação de um produtor experiente é fundamental para que seja realmente transmitida a identidade musical do artista/evangelizador. Desde a escolha do repertório, criação dos arranjos e escolha de andamentos, devemos ter em mente que um CD é uma obra "fechada", que deve nos transmitir uma unidade. A busca por essa unidade deve ser a prioridade para que o trabalho tenha bases sólidas. Alias, "unidade" também na mensagem evangelizadora!
É essencial a revisão doutrinal de todas as letras por um sacerdote. E não nos esqueçamos da revisão de português também, pois devemos sempre ser irrepreensíveis em tudo. Essa revisão deve ser feita por um profissional realmente competente e não apenas "por um amigo que saca muito disso".
As músicas devem estar em comunhão com o grupo, não apenas ligada por um gosto subjetivo, mas principalmente levando-se em conta características, talentos e carismas. Deve-se cuidar também para que todas as canções de autoria própria estejam devidamente registradas e de preferência editadas. As canções que não pertencerem ao grupo, precisam ser examinadas com muito cuidado pois é preciso a autorização dos autores e, especialmente, levarmos em consideração o custo para serem gravadas. Numa produção independente a responsabilidade com o repasse financeiro dos compositores é do grupo e isto deve ser persisto no orçamento, para não se ter surpresas desagradáveis.
Aguardem a continuação!
Augusto Cezar - DOM
tioguto@ig.com.br
Rio de Janeiro-RJ