Pessoal, estive fora por um tempo para resolver alguns probleminhas, mas como todo bom filho volta à casa, aqui estamos novamente. Este mês preparei uma aula especial, se trata da história do melhor instrumento do mundo ou seja o "contrabaixo". Achei importante que aprendêssemos um pouco mais sobre nossa ferramenta de louvor . Segue, então, a primeira parte da História do contrabaixo...
VIOLONE
| Os ancestrais ou parentes mais próximos de vários dos instrumentos musicais de hoje podem ser traçados com certa precisão. Já para os instrumentos de arco, como o violino ou o violoncelo, são muitas as dificuldades em se estabelecer quando eles apareceram. O contrabaixo e outros instrumentos com este tipo de função também encontram-se neste caso. As origens do contrabaixo remontam à cinzenta Idade Média. Descendente de uma família chamada "Violas" e que se dividia em dois grupos: violas de braço e violas de perna , o contrabaixo é hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo grupo. Porém, o caminho que foi percorrido para se chegar até a ele nem sempre é fácil e seguro de ser traçado. |
Por volta do ano 1200, o nome Gige era usado para denominar tanto a rabeca (instrumento de origem árabe com formato parecido com o alaúde) como o "Guitar-fiddle" (espécie de violão com formato parecido com o do violino).
Na Alemanha, naquela época, quase todos os instrumentos tocados com arco eram chamados pelo nome de Gige. Havia o pequeno Gige e o grande Gige.
A música que era executada nesta época era bastante simples. As composições situavam-se dentro de um registro bastante limitado e, no que tange a harmonia, as partes restringiam-se a 2 ou 3 vozes. Era muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em uníssono.
VIOLA DA GAMBA (BASS)
Com o desenvolvimento de novos estudos harmônicos, o número de partes foi se expandindo para quatro. Em 1450, aproximadamente, começou-se a usar o registro de baixo, que até então não era considerado. Com esta nova tendência para os registros mais graves, os músicos precisavam de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes desta região. A solução encontrada pelos construtores na época (luthiers) foi simplesmente reconstruir os instrumentos existentes, só que em escala maior, aumentando-lhe o tamanho, mas sem trocar a forma ou a construção desses novos instrumentos. Verificamos aí que a evolução técnica e artística de um instrumento qualquer está imprescindivelmente ligada à história da música. Assim, a evolução no número de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que desempenhassem satisfatoriamente aquela nova função. | |
Muitas pedras rolaram até que um instrumento que reunisse as qualidades necessárias para a reprodução dos graves surgisse do meio de muitas tentativas.
Historiadores narram que no ano de 1493 alguns músicos espanhóis, ao visitarem a Itália, ficaram maravilhados ao verem violas tão grandes.
Na Itália, as violas tinham 3 tamanhos: a viola da gamba aguda, a tenor e a viola baixa. No fim do século XVI, a família chegou ao número de seis membros com a adição da pequeno baixo da Gamba , grande baixo da Gamba e Sub-Baixo da Gamba.
Houve uma considerável experimentação com relação às violas. Algumas chegaram a ter corpos de tamanhos fantásticos, umas outras com vários formatos e tamanhos.
CONTRABASS (GIGANTE)
| O ancestral mais próximo do Contrabaixo foi o Violone. Esse nome que é freqüentemente encontrado referindo-se ao contrabaixo, originalmente aplicava-se a qualquer dos instrumentos da família das violas, fosse ele grande ou pequeno. No início do século XVII, o Violone tornou-se o nome que designava o maior de todos: a Viola Contrabaixo. Durante mito tempo, assim ele foi chamado e somente após a segunda metade do século XVIII o nome do contrabaixo separou-se do violone. O famoso compositor J.S. Bach sofreu muito na época por causa da insuficiência dos contrabaixistas do seu tempo. De acordo com registros históricos, até o ano de 1730 não foi encontrada nenhuma referência do instrumento já atuando em Orquestras. |
VIOLONE BASS
A partir da Segunda metade do século XVIII, com sua estrutura praticamente definida, o contrabaixo passou a integrar as mais diferentes formações musicais, como orquestras, Big Bands e pequenos grupos de jazz (ragtime, dixland, Swing, Blues etc...).
No início dos anos 50, Clarence Leo Fender, perito em eletrônica de rádios e criador da guitarra elétrica que levava seu nome, observou que o contrabaixo acústico apresentava alguns inconvenientes para pequenas formações musicais, como seu tamanho e a sua baixa sonoridade (em comparação com a guitarra elétrica), o que obrigava os contrabaixistas da época a colocarem microfones para uma maior amplificação do instrumento.
Sob este prisma, Leo Fender, em 1951, construiu o primeiro contrabaixo elétrico da história, usado pela primeira vez na banda de Bob Guildemann (blues e rock) tendo como nome a designação Precision Bass.