É deprimente o que o capitalismo e o mundo globalizado tem feito com nossa música. Se a música existe, é por que existem músicos e se existem músicos, existe cultura, estudo e determinação. Mas, contrariando a existência da arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido (definição de música no dicionário Aurélio), está o "funk" e seus "mc´s".
Os donos de gravadoras que investem milhares de reais em qualquer barulho que dê retorno financeiro, sem preocupar com o que vamos ouvir, são os grandes culpados disso tudo. O fato de o povo comprar estes CDs tem explicação: anunciam na televisão que o CD tal está com 500 mil cópias vendidas, e as gravadoras pagam as rádios para tocarem tais "músicas". Dessa forma vão impregnando no povo o que eles querem que o povo ouça. Daí a pouco, o seu filho quer ter porque o seu vizinho tem, na escola todo mundo tem, na discoteca só toca isso, no rádio do carro e até naquela rádio que era muito boa, etc.
Às vezes, por mais que sejam terríveis, as pessoas se pegam cantarolando a melodia mesmo sem saber a letra, mesmo sem saber o que quer dizer aquela "música". Sem medo de ser chamado de bitolado, vejo a mão do inimigo de Deus nisto tudo, querendo de uma forma muito rápida, acabar com toda a inspiração que levaram cantores brasileiros a passar amor, respeito e vida em suas músicas e a consagrarem o Brasil com suas canções.
À medida que o tempo passa, vejo muito distante a chance de que pessoas do meio secular componham músicas de qualidade. De forma contrária, vejo esta chance se ampliar dentro das igrejas, tendo em vista que, a cada dia, os músicos das igrejas estão buscando instruções técnicas para aumentar a qualidade de suas canções. Seja nas letras ou nas melodias, a criatividade tem sido o ponto alto dessa questão. O interesse pela leitura, a pesquisa em livros, a internet... Tudo isso tem tirado muitos músicos cristãos dos caminhos que o mundo vinha oferecendo a eles. Conclusão: enquanto a qualidade musical do meio secular deveria aumentar desenfreadamente, devido aos altos investimentos e grande poder que as gravadoras seculares têm, vemos esta qualidade cair cada vez mais. Temos as igrejas com suas ações limitadas, seus investimentos relativamente baixos ou até muito baixos crescendo de forma espantosa em qualidade musical. Meninos e meninas, homens e mulheres descobrindo na música uma forma de crescer, aprender, se disciplinar, descobrem, assim, valores que já não conheciam mais.
Peguemos exemplos de crianças que tiveram uma educação musical e religiosa: são, hoje, grandes pessoas com caráter, responsabilidade e respeito ao próximo. Portanto, quando a música é a arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido, Deus abençoa e faz dar frutos.
Oremos para que os grandes poderosos donos de gravadoras seculares ajudem aos artistas de nosso país a serem artistas do povo e a terem uma carreira em que o povo tenha acesso às suas obras. Oremos também para que o povo abra seus ouvidos para as canções que ajudam a educar, que edificam e fazem crescer.
Não podemos mais aceitar ficarmos escravos de um mercado musical! E você, músico católico, não faça música para vender CD (foi assim que a música secular chegou onde está). Faça música para salvar vidas. Faça música que fale da verdade sem apelar para situações ou ritmos que estejam na moda do seu país.
Buscai primeiro o reino de Deus e tudo mais vos será acrescentado.
Deus abençoe os músicos.
Robson Mendes (robsonmendes@aliancadevida.com.br)
Ministério Aliança de Vida - Rio de Janeiro-RJ