Paz ao seu coração!
Quero partilhar com você dois pedacinhos de minha história...
COMO FILHO DE DEUS
Nunca pensei em ser músico e vou dizer uma coisa, nem mesmo pensei em um dia ser de Deus!
Minha vida é pura misericórdia! Nasci em Registro, na baixada santista, Estado de São Paulo.
Desde pequeno fui criado em meio a uma "grande indecisão". Minha família era espírita, eu era muito rebelde e buscávamos por uma tal felicidade. Só que buscávamos onde jamais a encontraríamos. Em minha adolescência a busca aumentou e com ela minha infelicidade também. Pois buscava em meio a pessoas que viviam num verdadeiro lamaçal de pecado. Eu assistia de camarote a minha família se desfazer: Meus pais se separando, minha irmã mais velha tornando-se mãe solteira e tantas outras coisas que não dá pra contar. Foi nesse tempo, com 16 anos de idade, já vivendo em São José dos Campos-SP, que recebi um convite de um jovem vizinho, para participar da Missa dos Jovens. Fui à Missa com chinelo de dedo, todo sujo, não sabia fazer o sinal da cruz, mas ao ver a alegria daqueles jovens cantando, não me importei com mais nada. Chorei muito, pois havia encontrado a verdadeira felicidade!
Fui batizado aos 17 anos na mesma Igreja e comigo minhas três irmãs. Uma delas recebeu três Sacramentos num mesmo dia: Batismo, Primeira Comunhão e Matrimônio. Foi uma Festa!
Hoje minha maior felicidade é ver minha família buscando a Deus. Faltam ainda dois: Meu pai que está aos poucos se aproximando de Deus e meu irmão que mesmo dentro do presídio Carandiru, se encontrou com o Senhor e quer ser batizado. Levo comigo esta promessa: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua família". (Atos 16, 31)
COMO MÚSICO DE DEUS
Em minha infância meu pai pedia que prestássemos atenção nas histórias que contavam naquelas músicas sertanejas. Como dizemos aqui em São Paulo, sertaneja raiz. Talvez seja por isso que hoje, a primeira coisa que observo numa música é a letra, o que ela me passa.
Quando participei do meu primeiro grupo de jovens, vendo os amigos tocar violão, me apaixonei!
Abracei a primeira oportunidade que apareceu para estudar violão. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, eu tive muita dificuldade em aprender. Era péssimo em ritmo e sempre tive uma voz miúda e um pouco desafinada. Fazia o maior esforço para pronunciar as palavras, pois minha arcada dentária não me ajudava. Meu maior exercício de educação musical foi "ouvir". Todos os dias ouvia música por música, procurando observar os detalhes. Imitava os cantores em voz grave e aguda, no sotaque e na interpretação. Ficava horas tentando tirar uma voz de um backing. Tinha o costume de gravar minha voz num gravador e isso com o tempo foi me ajudando muito a perceber meus erros.
Bem mais tarde fiz aula de técnica vocal. Mas o que me ajudou mesmo foi minha insistência em aprender. Lia vários livros de música para tentar entender sobre um único assunto. Ficava na "cola" dos amigos para tirar dúvidas. Não faltava a um evento musical na cidade.
Já no meu ministério de música comecei tocando violão. Depois fui assumindo aos poucos algumas pontas do backing, até então solar algumas músicas. Sempre tocamos em adoração ao Santíssimo, Missas na paróquia e retiros incontáveis. Aliás, por causa desses momentos preciosos que o nosso ministério foi crescendo.
Na composição tenho muita coisa pra contar. O que posso dizer por hora é que mais do que a gente gravar uma música num CD, mais do que mostrá-la para os amigos, existe alguém ansioso no Sacrário esperando para ouvi-la.
Te espero na próxima! Deus te abençoe sempre!
