Um tempo atrás eu estava pensando o quanto nós, seres humanos, somos sensíveis.
Vejo que a comparação com o vaso de barro é perfeita! Diria até, que somos de louça, pois é grande a nossa fragilidade...
Uma vez fui convidado a pregar num grupo de oração da minha paróquia e resolvi chegar mais cedo para visitar a capela do Santíssimo. Lembro-me que a minha sensibilidade estava à flor da pele naquele dia. E então, lá vai o Walmir, de novo, chorar suas "mágoas"!
No momento que falei ao Senhor que não me conformava com toda aquela minha carência afetiva, Ele me respondeu de imediato ao coração:
"Se não fosses carente, serias prepotente, auto-suficiente e não precisarias mais de Mim". Ai, ai, como doeu! Mas entendi. A palavra carência já diz tudo: "falta, ausência".
Que bom que nos falta algo que Deus e os irmãos podem preencher!
Que bom que a presença de Deus e dos irmãos suprem toda ausência!
Mas é bom saber que a nossa carência afetiva precisa ser direcionada pelo Espírito Santo. Então ela pode ser ponte para muitos dons.
Só sei que com essa experiência que tive naquele dia, acabei mudando totalmente o rumo do que eu ia dizer no grupo de oração.
Por outro lado, vejo que o Senhor está trabalhando em nosso interior, moldando as nossas carências.
Parece estranho o modo com que Ele trabalha. Mas nós somos tão sensíveis que se Ele apenas nos toca, a gente já chora, não é verdade?
Pois bem, Ele tem nos tem "provocado" para ver se nos pode confiar coisas maiores do que aquelas que fazemos. É isso mesmo! Deixa Deus trabalhar! Aceite mesmo que doa! Aproveite para crescer um pouco mais! Comigo também não foi fácil, não é fácil e não será! Mas sou eu (o vaso) que primeiramente preciso dar liberdade ao Senhor (o Oleiro) e deixá-lo realizar em mim, seu projeto de amor.
Minha oração de hoje é pedir ao Senhor que o conserve em sua vocação a qual você foi chamado.
A gente se fala mais!